Madrid revisited
Se há característica que me agrada é esta capacidade de nunca me perder que me permite calcorrear cidades que mal conheço, mudar de rua e direcção de todas as vezes que me apetece, sem nunca perder os referentes básicos que me permitem chegar onde quero.
É que esta sensação de domínio do território, que aos poucos se inscreve e grava como um mapa mental, confere-me uma tal sensação de segurança e conquista que me permite a descontracção necessária para saborear os espaços novos, perdendo-me de verdade sem nunca ter medo de perder o rumo.
Talvez por isso as cidades que visitei se tenham inscrito de forma indelével nos meus passos, de tal maneira que posso regressar a elas caminhando com a segurança de quem conhece todos os caminhos ainda que os percorra pela primeira vez. E é na verdade esta sensação que me permite enfrentar sozinha os espaços do mundo, reforçando a confiança em cada esquina e decisão tomada nas encruzilhadas dos caminhos.
Caminhar é uma forma fundamental de saber.
O tempo e o movimento conjugados no desenho de geografias pessoais e por isso mesmo muito mais capazes de perdurarem na memória do corpo.
Os meus mapas pessoais são sempre pedonais.
Os passos a desenharem as fronteiras e pontos de referência, a cadência do caminhar a marcar os ritmos de apropriação deste espaço dilatado e contraído em função dos estados emocionais e pensamentos que nos acompanham a rota e o percurso.
Só os pés esboçam realmente as cidades.
É que esta sensação de domínio do território, que aos poucos se inscreve e grava como um mapa mental, confere-me uma tal sensação de segurança e conquista que me permite a descontracção necessária para saborear os espaços novos, perdendo-me de verdade sem nunca ter medo de perder o rumo.
Talvez por isso as cidades que visitei se tenham inscrito de forma indelével nos meus passos, de tal maneira que posso regressar a elas caminhando com a segurança de quem conhece todos os caminhos ainda que os percorra pela primeira vez. E é na verdade esta sensação que me permite enfrentar sozinha os espaços do mundo, reforçando a confiança em cada esquina e decisão tomada nas encruzilhadas dos caminhos.
Caminhar é uma forma fundamental de saber.
O tempo e o movimento conjugados no desenho de geografias pessoais e por isso mesmo muito mais capazes de perdurarem na memória do corpo.
Os meus mapas pessoais são sempre pedonais.
Os passos a desenharem as fronteiras e pontos de referência, a cadência do caminhar a marcar os ritmos de apropriação deste espaço dilatado e contraído em função dos estados emocionais e pensamentos que nos acompanham a rota e o percurso.
Só os pés esboçam realmente as cidades.
Etiquetas: viagem; mapas; caminhar
1 Comments:
At 11 abril, 2008 21:19, Anónimo said…
Como já foi muitas vezes dito " O caminho faz-se caminhando". Eu reconheço essa tua sensação. O traçado do rumo emerge de modo espontâneo, sem esforço, como se fosse ao acaso, mas na verdade era o percurso desejado. Ainda hoje consigo "cartografar" os caminhos percorridos nas cidades que me ensopam a memória. E são muitas. Esqueço muita coisa, mas o mapa dos caminhos passados está lá, como se por um instante fosse um pássaro com acesso a visão aérea. É bom saber desta partilha.
Bjs
Paimica
Enviar um comentário
<< Home