A menina do Mar e a pequena bolota
A menina do Mar é o meu disco de infância.
Uma daquelas histórias bonitas, inteligente, bem locutada e com música de Fernando Lopes Graça, que provam que as coisas para crianças podem ser projectos de uma criatividade arrojada e exigente e por isso mesmo, constituirem marcos fundamentais no nosso crescimento e conhecimento do mundo.
Para mim este disco foi o momento mágico de cada dia durante muitos anos.
Ouvido repetidamente até à exaustão, ainda hoje me deixa com vontade de abrir a coluna de som para ver a menina dançar.
E agora que o vinil é impossível de encontrar a EMI/Valentim de Carvalho resolveu reeditar a versão original em CD. Para mim foi a história de um reencontro feliz.
Leiam a história, oiçam o disco e deixem-se enlear.
A pequena bolota
A pequenina bolota, projecto promissor de gente grande, é o Gabriel Azinheira a quem deixo esta homenagem carinhosa:
"nobody,
not even the rain
has such small hands"
e. e. cummings
4 Comments:
At 11 maio, 2005 09:58, Anónimo said…
- Mamã, abre ali!
- A mamã não pode abrir porque se estraga....
- Mas eu quero ver a menina dançar!
Chega de longe, enche-me o peito, humedece-me os olhos essa viagem no tempo a uma vozinha com 3 anos de idade, a um ouvido colado à coluna de som, a um cabelinho ondulado espalhado na alcatifa da sala e a uns olhos doces, doces ávidos de ver e conhecer...
mãe
At 11 maio, 2005 18:03, Sara MM said…
vou ler...
gostei ainda mais do "relato" da mãezita - a mãe do montanhacima certo? :o) muito gosto!
BJs às duas
At 12 maio, 2005 18:16, ana ventura said…
Que delícia o Gabriel!
O comentário da sograzita faz com as lágrimas apareçam no cantinho dos olhos! Que lindo...
At 13 maio, 2005 10:58, Anónimo said…
sentávavamo-nos naquelas cadeiras de madeira antiga na minha escola primária, perdida numa dessas ruas de lisboa, a Albertina lia um livro da sophia de mello para os seus alunos atentos. Foi assim o meu 1º contacto com a maravilhosa história que é a menina do mar, foi de longe a que mais gostei, talvez por a ter descoberto de novo agora aos meus 30 anos. ainda estou a ver a Albertina a ler a fada oriana...que choro que foi!
obrigado pelo retorno ao tempo perdido
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