um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado
terça-feira, outubro 25, 2005
poesia ao pequeno almoço
Traz de novo, meu amor, a transparência da água dá ocupação à minha ternura vadia mergulha os teus dedos no feitiço do meu peito e espanta na gruta funda de mim os animais que atormentam o meu sonho
Mia Couto Raiz de Orvalho e Outros Poemas, Out. 1979
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo, tua noite sem remédio tua virtude, tua carência eu que longe de ti sou fraco eu que já fui água, seiva vegetal sou agora gota trémula, raíz exposta
pois, quem sai aos seus não é de Genebra! A mulher está cheia de truques na manga e tinha a estrofe anterior do poema. É preciso cuidado com as mães e esta então, é muito à frente...
6 Comments:
At 25 outubro, 2005 10:29, Zé Maria said…
Muito bonito.
Beijinhos.
ZM
At 25 outubro, 2005 15:01, Anónimo said…
Seja eu de novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raíz exposta
Mia Couto (saudade de trás p'ra frente)
At 26 outubro, 2005 14:43, jordi said…
Man... que família! :-)
At 26 outubro, 2005 14:47, sgs said…
pois, quem sai aos seus não é de Genebra!
A mulher está cheia de truques na manga e tinha a estrofe anterior do poema. É preciso cuidado com as mães e esta então, é muito à frente...
At 26 outubro, 2005 14:50, jordi said…
Vai lá vai!
At 26 outubro, 2005 18:15, Anónimo said…
Como diria o João: - a mulher tá ca pica toda!
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