Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

segunda-feira, maio 15, 2006

O tempo I - a madeira que fica









Não consigo deixar de olhar com um misto de carinho e curiosidade para as marcas deixadas pelo tempo e pelas mãos nas paredes e construções. Marcas intencionais ou descuidadas, por vezes numa tentativa de superar o esquecimento perpetuando a memória e a existência, noutras, simples vestígios de gestos diários, tão familiares e entranhados que já nem damos por eles.
Estas, que aqui surgem, estão gastas de sol e de mar, recicladas e reaproveitadas centenas de vezes, mudando de mãos e de funções ao longo de várias gerações de pescadores de "baixo mar".
Coloridas com os restos das tintas que vestiram os barcos, traduzem momentos efémeros, gestos rápidos e descuidados, de quem se vira mais para a madeira que parte do que para a que fica presa às estacas ondulantes do cais.

Maio 2006 - Aldeia palafítica da Carrasqueira

3 Comments:

  • At 15 maio, 2006 22:12, Blogger ana ventura said…

    :) ficaram lindas!

     
  • At 15 maio, 2006 23:36, Anonymous Anónimo said…

    este pessoal acha tudo lindo, será ke não têm mais nada para dizer?

     
  • At 16 maio, 2006 17:11, Anonymous Anónimo said…

    Dizer que élindo, já é alguma coisa, pelo menos mostra que passou por aqui. Não dizer nada é bem pior. Eu tambem acho lindas as fotografias e as palavras.

     

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