largar amarras
(Pireu - Atenas)
(Pireu - Atenas)
(Adamas - Milos)
A possibilidade de viagem é já o início do salto.
Uma forma de sair, de transgredir fronteiras e horizontes, de iniciar movimentos.
Os cais de embarque são por isso lugares fascinantes, zonas de fronteira entre sair e chegar, entre ficar e partir, cheios daquela mistura inquietante de medo e expectativa que faz formigueiro na boca do estômago e olhos húmidos de excitação.
5 Comments:
At 12 julho, 2006 12:00, jordi said…
A própria materialidade do cais e das águas - um, sólido e inerte, e as outras, líquidas e fluidas - reflecte o carácter fronteiriço das decisões e do mergulho, entre a segurança da imobilidade e a dúvida da deriva livre.
É essa a marca da condição humana: a liberdade de escolha pode implicar um salto, mas o salto é a condição da escolha da liberdade.
Em resumo: saltar ou não saltar, eis a questão.
At 12 julho, 2006 14:46, sgs said…
eu diria que a mera possibilidade do salto é já em si a condição da liberdade.
Saltemos juntos!
At 13 julho, 2006 08:09, montanhacima said…
E eu que passo os dias a construir essas mesmas fronteiras. Cais de partida e chegada, marinas para encontros, portos de despedida...
Tanto esforço para lhes dar a liberdade...
At 13 julho, 2006 14:59, Anónimo said…
Um cais é simultâneamente um obstáculo e um caminho para a liberdade. Uma fronteira e uma ligação. A liberdade é espaço, é pensamento, é escolha, é exercício de vontade, é conhecimento, é amor. Um bem supremo que atravessa qualquer fronteira. É uma questão de tempo. Só que nalgumas o tempo continua a ser demasiado.
At 14 julho, 2006 12:05, jordi said…
Estou certo de que os vendedores da «Cais» são da mesma opinião...
Ela é o caminho para a liberdade.
Aliás, o caminho para a liberdade só se abriu quando o Maia perguntou ao Marcelo: «Cais ou não cais?»
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