Para onde vai a luz quando se apaga?
"Eu nunca estive aqui, neste corpo. E se alguma vez estive, não me lembro. Aquilo que transporto, todos os dias, é uma 'carcaça vazia', que muito de vez em quando se enche com algum sentido quando alguém a olha. Esse olhar é que lhe dá vida e sem ele não existo. Ou melhor, existo em potência, na iminência de ser olhado, neste estado onde tudo pode acontecer e onde o mundo em tudo se pode tornar."
João Fiadeiro (Setembro de 2005)
Como é que um texto tão magnífico se consegue transmutar num espectáculo tão medíocre?
Tão vazio de interesse? tão cheio de coisa nenhuma?
Que desperdício de ideias e palavras magníficas!
1 Comments:
At 09 maio, 2007 15:08, Anónimo said…
e para fazer par com este texto tão lindo, só um outro de Álvaro de Campos - "houve um dia em que subi esta rua pensando alegremente no futuro, pois Deus dá licença para que o que não existe seja fortemente iluminado. Hoje, descendo esta rua, nem no passado penso alegremente. Quanto muito, nem penso... Tenho a impressão que as duas figuras se cruzaram na rua, nem então nem agora, mas aqui mesmo, sem tempo a perturbar o cruzamento".
Um beijo
mãe
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