o bosque aqui tão perto
Têm sido dias de experiências intensas e gratificantes.
Ao muito trabalho que caracteriza os meus dias, sempre mais pequenos que o que gostaria, tenho vindo a juntar aos poucos algumas doses de prazer e escape.
O teatro e a dança, duas áreas de consciente investimento, têm ajudado assim a expandir as fronteiras temporais das horas que o relógio guarda, cioso, encerradas no seu círculo vicioso e viciante, tornando os meus dias infinitamente maiores (não menos cansativos é certo, mas muito mais gratificantes).
Redescobrir áreas de puro prazer há muito esquecidas faz-me com frequência repensar nas prioridades que estabelecemos na vida e nos projectos que, com o tempo, vamos deixando cair. Mais que o tempo a passar, inexoravelmente, assusta-me a forma como passamos por ele e ele por nós sem nos cruzarmos realmente.
Não é o medo da velhice que receio mas o do vazio e da gratuitidade.
Uma corda bamba de equilíbrio difícil e precário onde o prazer e o dever nem sempre se apresentam nas formas justas.
"Fui para os bosques porque desejava deliberadamente viver, enfrentar apenas os factos essenciais da vida, e ver se poderia aprender o que ela tinha para ensinar, em vez de, quando estivesse para morrer, descobrir que não tinha vivido."
Henry David Thoreau In Walden
Etiquetas: teatro, tempo; dança, vida
1 Comments:
At 14 abril, 2008 16:39, Anónimo said…
é não é?!?!?
os bosques têm essa caracteristica fantastica de nos levar por caminhos diferentes e fazer-nos olhar para a vida de forma diferente...
...perspectivas diferentes... opiniões diferentes... na diferença está o maravilhoso...
Conheces a historia do plantador de árvores que se passa nos pirineus? havias de gostar
hasta
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