O primeiro dia do resto das nossas vidas

Se há criança que terá muitos dias para celebrar o seu nascimento é esta, pois ao contrário do que é habitual, só para nós, ela nasceu pelo menos 6 vezes: a 16 de Agosto de 2006 quando iniciámos o processo de adopção, a 20 de Março de 2007 quando fomos aceites como casal adoptante, a 24 de Setembro de 2008 quando soubémos que ele existia e nos estava destinado, a 26 de setembro quando dissémos que sim e conhecemos todo o processo, ontem, 6 de Outubro, quando o vimos pela primeira vez e, hoje, dia 7 de Outubro, quando finalmente o trouxemos para casa e nos tornámos uma família de facto.

Em todos estes momentos o pequenino André foi-se fazendo mais real, mas em momento nenhum podíamos adivinhar o que era realmente este estado de paixão absoluta e imediata assim que o vimos e lhe pegámos ao colo.

Diz-se que a maternidade não é biológica e talvez seja verdade.

Sinto por esta criança o amor incondicional que se nutre pelos filhos ainda que o conheça há apenas 24 horas. Parecemos encaixar como se sempre nos tivéssemos conhecido.

Se isto não é estar em estado de graça não sei o que seja.