Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

domingo, setembro 28, 2008

24 de Setembro - e eis que nasceu!



Num dia normal de trabalho, já perto do fim da tarde, um telefonema mudou totalmente o curso dos meus dias.

Do outro lado a voz simpática da psicóloga da Santa Casa, que eu não estranhei pois tinha acabado de ser convocada para uma formação para futuros pais adoptivos, profere, cinco minutos depois da troca de cumprimentos habituais, as seguintes palavras mágicas: temos um menino de 3 meses para vocês!

Nos últimos dois anos imaginei este momento muitas vezes.
A "vantagem" desta gravidez prolongada é que temos muito tempo para fantasiar e eu, consoante o tempo que tinha disponível para sonhar acordada, ia pintando a cena com variantes suficientes para achar que sabia como seria.

Mas por muito que me tenha preparado, a vida é bem mais emocionante que a ficção!

Neste momento, passados que foram os primeiros dias de loucura e confusão em que conhecemos o processo, dissémos que sim, avisámos toda a família e amigos e comunicámos oficialmente no trabalho e começámos a preparar a casa (tudo isto em apenas dois dias), já só vivemos ansiosos pela chegada real do pequeno S. - rapaz de mãos e pés compridos, sorriso simpático e aberto e um delicioso cabelo castanho com laivos de ruivo.

Agora que está quase-quase o tempo custa mais a passar e dele, para preencher os dias de espera que ainda faltam, ainda só temos uma foto e o relatório que lhe resume a pequenina vida em meia dúzia de páginas.

Separam-nos oito dias exactos.
Dia 6 de Outubro iremos conhecê-lo ao centro de acolhimento e dia 7 virá finalmente para nossa casa.
Espero que sejam pequeninos para que passem depressa e os seguintes possam ser verdadeiramente maiores.

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quinta-feira, setembro 11, 2008

Não esquecer!


Kiasma - museu de arte contemporãnea (Helsínquia)

A cultura é um ramo da liberdade.
George Steiner

sexta-feira, setembro 05, 2008

frases mágicas



"respirar com os olhos, desvendar oxigénios"

Waltercio Caldas (livro de artista)

segunda-feira, setembro 01, 2008

Breviário de conceitos úteis ou como poder chorar sem problemas no cinema

suspensão da descrença

designado assim, em 1817, pelo poeta e filósofo Samuel Taylor Coleridge, refere-se ao desejo de alguém aceitar como verdadeiras as premissas de um trabalho de ficção, mesmo que fantásticas ou impossíveis.