Cou Cou
Cou Cou! Ah!
Cou Cou, não está,
Cou Cou, olha, está aqui!
Cou Cou, olha, já não está!
Uma primeira experiência teatral para bebés, num espectáculo de movimento e cor que surpreende os mais novos.
Cie Jardins Insolites/França/Portugal
No teatro Maria Matos
Já tinha gostado bastante da experiência anterior com esta companhia no 1,2,3...Cores, mas hoje acho que gostei ainda mais. Apesar de anunciado dos 0 aos 15 meses esta é na verdade uma peça que dá para crianças até aos 3 ou 4 anos pois a simplicidade e poesia que a constroem encontram nestes meninos mais velhos ecos que lhe conferem outros sentidos, quem sabe, se não bem mais profundos justamente por ser dirigida, aparentemente, aos mais pequenos. O A. esteve estático todo o tempo perante os gestos e pequenos quadrados de cores que povoavam a brevíssima narrativa deste momento teatral. A actriz-bailarina em meia dúzia de palavras e objectos prendeu-lhe de tal forma a atenção que me atrevi a nunca lhe dizer nem explicar nada durante todo o tempo para não estragar a magia daquela concentração tão dedicada. Na primeira fila, sentado direitinho no seu quadradinho laranja, o A. nunca se virou para trás, nunca fez uma pergunta, nunca se distraiu. E no fim, depois de ter aplaudido veementemente, vira-se então para mim com os olhos brilhantes de contentes e afirma sem ninguém lhe ter perguntado nada: eu gostei mamã! eu gostei!
E eu gostei que ele gostasse, gostei de confirmar que se fazem óptimos espectáculos para crianças sem pretenciosismos nem fogos de artifício desnecessários, gostei da sua atenção e autonomia, gostei de sentir que dentro dele amadurecem ideias e gostos que lhe dão forma ao mundo, gostei de participar nesse crescer fascinante, e gostei de até hoje nunca ter hesitado em levá-lo a espectáculos mesmo que a idade não correspondesse exactamente à sua (para mais e para menos).
E gostei de o ver satisfeito a dar um beijo à actriz de mote próprio e a apanhar os papelinhos amarelos do chão para levar ao amigo que fazia anos, duas provas de que ali, naqueles escassos 30 minutos, o momento teatral se cruzou verdadeiramente com a sua vida e o seu universo familiar.
Pena não ser possível descarregar as fotos que existem do espectáculo pois esta não faz jus ao que por lá se pode ver.
Etiquetas: maternidade; tempo; prazer, teatro
2 Comments:
At 26 setembro, 2010 20:18, Pé na estrada said…
Que felicidade moça!!! Boa! Fico feliz por estares feliz ou mais, por estarem felizes! Fixolas!
At 01 outubro, 2010 10:11, montanhacima said…
E os nomes dos sítios? Ainda te lembras:
- O Vale Bezerro
- A Serradinha
- Os Vais
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