Nascer
Não sei o que se sente quando os carregamos na barriga, nem quando sabemos que dentro deles corre parte dos nosos genes, do nosso sangue, da nossa carne. Só sei que cerca de dois anos depois não é possível amar mais este filho que me nasceu anunciado por telefone e descrito em papel do que a um filho que me tivesse saído das entranhas. Ou pelo menos não me parece possível (porque na verdade não o saberei nunca).
Este post serve por isso para os que hesitam. Para os que passaram ou passam por procesos angustiantes de querer ter os filhos que não lhes nascem pelas vias da natureza dita normal e pelas vias da natureza manipulada.
Que saibam que os filhos quando têm que nascer nascem e pronto.
Por telefone, por correio, em papel, em carne e osso, com e sem dor.
Mas nascem-nos!
E quando o fazem, nós renascemos com eles. Não há relação mais espantosa.
Não hesitem. Adoptem. Há tantos filhos com vontade de vos nascerem!
Aqui um resumo dalguns dos posts que relatam as várias fases do processo
Etiquetas: adopção; maternidade
1 Comments:
At 21 julho, 2010 11:11, a estudar said…
Pois tenho uma amiga que acabou de perder @ filh@ após uma gravidez assistida... sem saber muito bem como dar apoio a não ser com a minha presença e dando-lhes a perceber que estou lá para o que der e vier, somente sugeri que fizessem o luto por aquele ser. Espero que ela ainda consiga gerar um(a) filh@ nas suas "entranhas", mas se não der, faço votos que consiga ter a tua coragem e perseverança e adopte. Tu és um bom exemplo da adopção e o pequeno A. um sortudo por ter os pais maravilhosos, bem como vocês por o terem a ele.
É um verdadeiro prazer ver a vossa família crescer!
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