Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

quarta-feira, setembro 29, 2010

arquipélago de estocolmo




Faltou-nos o sol dos prospectos turísticos mas o cinza do céu chumbo combina bem com a imensidão aquática e com a míriade de ilhas, ilhotas, povoadas e despovoadas, pacatas e movimentadas, para eremitas e para gente de festa, de rochedos planos e áridos, com árvores, com ninhos, com muitas pequenas casas coloridas à beira d'água a desafiar a monocromia com os seus vermelhos provocantes.
Uma viagem que valeu a pena, longe das hordas de turistas, numa linha normal de ligação insular (por recusa dos cruzeiros organizados), com o olhar pausado pelo ritmo do barco e pela placidez e pacatez das vistas.
Aparentemente todos os habitantes de Estocolmo têm uma segunda casa, assim de madeira, da simples cabine à mansão abastada. É fácil perceber porquê, a beira d'água convida. Talvez por isso sejam um tanto ou quanto circunspectos estes nórdicos, tanta água tolhe o discurso e apela ao isolamento e contemplação.
Tenho a certeza de que todos tiram a carta de marinheiro antes da de condução!


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