tricot marciano!
Este Sábado foi dia de aprender a tricotar a preceito.
Na verdade, tricoto há muitos anos mas a minha aprendizagem foi sempre um bocado a olho, o que aliado a uma patológica incapacidade para seguir instruções, me limitou sempre a técnica (mas felizmente não a criatividade).
O problema é quando descobrimos que o método que usamos não é método nenhum conhecido (é um abastardamento do método continental e mais uns pozinhos dos outros todos) e que por isso mesmo as instruções (já de si difíceis de decifrar) são verdadeiramente impossíveis de sistematizar pois é preciso inventar formas de dar a volta ao que está escrito.
Ser a marciana do grupo tem as suas desvantagens e confesso que nalguns momentos me desmotivou verdadeiramente. Acho que finalmente senti na pele o que é pertencer à ala das necessidades especiais, fingindo que se está numa sala de estudo integrado mas na verdade sempre fora do esquema e com menos ferramentas.
O que vale é que a Rosa lá foi inventando umas formas de darmos a volta à questão (que eu espero sinceramente conseguir relembrar se algum dia me atrever realmente a seguir instruções em tricotês dos livros que comprei) e mal ou bem consegui terminar o receituário que tínhamos como programa.
Agora que, em casa, percebi que consigo ler uma receita de tricot e entendê-la (quase) na íntegra voltou-me o ânimo e a perseverança. Apesar da pouca ergonomia das metodologias inventadas nalgumas das soluções de recurso que foi preciso encontrar para mim no curso, acredito que com bom senso e raciocínio a coisa há-de ir lá. Caramba tanta geração de tricotadeira analfabeta e eu aqui enredada nas siglas, nos movimentos e nas técnicas. Pode lá ser!!!
Etiquetas: tricot
5 Comments:
At 07 fevereiro, 2011 09:20, Pé na estrada said…
O que vale é que nunca me enganaste!!!
Não podias ser uma mera terráquea, Marte está-te no sangue, verde, já se vê, ou não fosses tu marciana!!
Ora a dificuldade em tricotar e nas outras coisas demais manuais prende-se seguramente com as tenazes que tens em lugar das mãos, nas quais colocas umas luvas de pele humana e lá vais enganando mais uns e outros... A cabecinha ser tão pouco dada a instruções está igualmente cientificamente provado. As marcianas sempre primaram por executar as suas tarefas com almas e corações (sim, marcianas têm muitas almas e vários corações para bombear o sangue verde, claro está).
O cérebro com as suas sinapses tri-dimensionais servem para coisas mais das áreas das letras, poucas matemáticas por assim dizer. Aí está uma das explicações para ainda não nos terem invadido, tal como imaginado nos filmes.
At 07 fevereiro, 2011 21:54, Jolie said…
Para mim, ter uma colega "marciana" foi uma benção porque sempre deu para rirmos um bocadinho e percebermos que não importa tanto o método que se usa, mas sim a paixão e dedicação que de põe em cada trabalho :)
Adorei a camisola! E o bloco de notas :)
beijinhos
At 07 fevereiro, 2011 21:55, Jolie said…
Ah... sou a Sandra, a que estava à tua frente :)
At 07 fevereiro, 2011 23:23, InêsN said…
olha eu ali :))
(gostei muito do grupo que se juntou para aprender mais um bocadinho e da entre-ajuda que se criou)
At 18 fevereiro, 2011 00:55, tola bem aquecidinha said…
pois bem, sejas tu ou neste caso o tricot marciano, gostei muito do meu gorrinho e desta vez, está do meu tamanho.
Muito obrigada e bola para a frente!!
fizeste uma inginheira muito feliz e com as orelhinhas quentinhas!!!! ;-)
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