as grandes questões
Depois de um dia cheio das birras próprias da idade e durante o ritual de ir dormir, sem razão aparente o A. sai-se com esta:
A: mãe, quando eu crescer tu depois ficas muito pequenina?
eu: não filho, a mãe também continua a crescer. Quando fazes anos a mãe também faz anos e crescemos os dois. Quando fizeres 4 a mãe faz 42, quando fizeres 5 a mãe faz 43 e por aí afora.
(...) silêncio pensativo (...)
A: ... até que chega a um certo ponto e eu morro.
eu: bem sim, toda a gente acaba por morrer. Mas isso é só daqui a muito tempo, só quando ficarmos muito velhinhos.
A: (insistindo) mas até que chega a um ponto em que eu morro.
eu (nó na garganta): sim filhote, mas só daqui a muito tempo.
A: e o que é morrer?
e eu a pensar que estar de férias era só preocupar-me com as horas de exposição ao sol, o vento frio e a água do mar gelada e o jantar de cada dia e a sairem-me estas perguntas difíceis de um puto que acabou de fazer 3 anos.
Acho que não preparei a bagagem para isto!
Etiquetas: maternidade; férias
2 Comments:
At 25 julho, 2011 10:50, trópicos said…
Bagagem para essas questões "mais grandes" é a vida que nos dá. Não a conseguimos encontrar mesmo nas lojas mais especializadas! ;-)
At 25 julho, 2011 11:24, Pé na estrada said…
olha, e como estás de férias e precisas de te divertir apesar das grandes questões, toma lá uma musiquita à maneira, muito boa onda!
Beijinhos do meio do atlantico!
http://guitarraemochila.blogspot.com/2011/07/et-tout-le-monde-va-la-plage.html
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