Assim se mede o tempo de gravidez para quem inicia um processo de adopção pois ao tempo discorrido entre as primeiras conversas e dúvidas e a certeza de querer seguir esse caminho, há que acrescentar as primeiras
menos 24 semanas em que a candidatura a pais adoptivos será esmiuçada e avaliada.
Só depois desses longos 6 meses começa a verdadeira (?!) espera, lenta e ansiosa, até que a criança prometida surja finalmente no fim da linha.
Por tudo isto deveríamos cunhar um novo tempo para medir este estranho estado de graça, porque, apesar de tudo, é também disso que se trata.
Há realmente uma criança no fim da linha. Já não se trata de um
se mas de um
quando e por isso qualquer candidato se sente de alguma forma grávido por tempo indeterminado.
Mas como designar essa gravidez sem termo certo? Como reagirão as pessoas quando confrontadas com a estranha resposta à corriqueira questão:
- Então e tu, de quanto tempo estás?
- Eu, estou de menos 24 semanas!