Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

segunda-feira, setembro 24, 2007

75 kilómetros em 3 dias!


passeio belém-trancão: por um corredor verde para Lisboa!

Durante estes últimos dois fins-de-semana as opções cicláveis na cidade de Lisboa foram tantas que o difícil foi escolher.
Chega a ser irritante esta concentração de actividades em torno das bicicletas que costuma ter lugar durante a semana da mobilidade por comparação com o completo deserto do resto do ano, sobretudo se pensarmos que os efeitos reais e práticos de tantos eventos ficam sempre muito aquém do desejável.

Ainda assim é interessante ver como a adesão se faz cada vez em maior número e verificar que alguns discursos e medidas começam a deixar transparecer uma maior preocupação com a mobilidade sustentável.

No passeio de reivindicação Belém-Trancão: um corredor verde para Lisboa éramos mil inscritos e mais uns quantos clandestinos. No Domingo, 16, na marginal não sei quantas pessoas em bicicleta haveria mas eram muitas e variadas nas idades, tipos de velocípede e ritmos.

Já no dia 22, Sábado, a falta de divulgação fez com que no centro de Lisboa apenas meia dúzia de pessoas celebrassem o dia europeu sem carros de bicicleta. Não consigo compreender o investimento em acções como esta que pecam no mais básico: divulgação e mobilização. è os suficiente para passar a mensagem errada e reforçar a ideia de excentricidade e o carácter de excepcionalidade em eventos que pretendem chamar a atenção para questões que afectam a quotidianeidade das cidades e exigem a participação de todos.


Apesar de tudo o balanço foi positivo, pelo menos para as nossas bicicletas que, em 2 fins-de-semana apenas, percorreram mais de 70 kilómetros puramente urbanos, proporcionando um contacto privilegiado com as ruas, os edifícios e a beleza magnífica de uma cidade que, afinal (digam o que disserem), está cheia de boas zonas para dar ao pedal.

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quinta-feira, setembro 06, 2007

As grandes ideias

... são aquelas nas quais a única coisa que nos surpreende é que não nos tivessem ocorrido antes.

Noel Clarasó
escritor espanhol

terça-feira, setembro 04, 2007

à espera


Vigeland Park, Oslo (Noruega)
A gestação decorre lenta, sem barrigas, nem enjoos.
Aprendemos a viver com a espera e com o tempo, (agora um bocadinho menos) longo, que se estende, elástico, à nossa frente.
Faltarão ainda, aproximadamente, 3 anos para este parto, definido em corredores e salas de reunião e concretizado por telefone e carta registada.
Imagino muitas vezes como será, antecipando o nervosismo e a excitação, as dificuldades e as alegrias, os desafios e as emoções inerentes a todo o processo.
Conheço muito poucos casos pessoais de adopção pelo que não posso fazer mais que especular e imaginar como será a integração deste filho(filha?) e fazer figas para que seja tão compensadora e realizadora como desejo.
Neste momento aguardamos que nos convoquem para uma sessão de formação para casais adoptantes (?!).
Anseio por este encontro e pelo que ele pode proporcionar de sentido de pertença a uma comunidade com a qual partilhar expectativas e medos.
Só quando, por qualquer razão, nos destacamos da maioria se sente verdadeiramente o peso do isolamento provocado pela diferença.
Saberá por isso bem conhecer outros com quem estabelecer uma relação identitária e sentir que, assim em comunidade, a espera partilhada se fará seguramente mais leve.

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