Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

segunda-feira, agosto 16, 2010

memória

domingo, agosto 15, 2010

família

sábado, agosto 14, 2010

Flutuar

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quarta-feira, agosto 11, 2010

aprender a comer gelados



Durante uns tempos pensámos que seríamos os únicos pais à face da terra que se esforçavam por fazer o filho experimentar comer gelados (e gostar), já que os que conhecemos se esforçavam justamente por evitar que os miúdos pedissem e comessesm gelados todos os dias.
E o A. foi altamente eficaz em impedir-nos o sucesso de tal empreitada, com o seu jeitinho natural para combater tudo aquilo que se pareça com comida!!! (devo dizer que tem o músculo do braço esquerdo treinadíssimo de tanto afastar com a mão qualquer garfada e é um mestre neste movimento como haverá poucos!)

Agora parece que começa a tomar-lhe o jeito (ainda assim só com o super maxi e obrigando os pais, coitadinhos, a comer o gelado quase todos para lhe darem apenas o pauzinho com um bocadinho no fim!). Manias de gaiatos pequenos!

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terça-feira, agosto 10, 2010

a casa na árvore




Em Figueira, pequena aldeia com casas brancas, um café central e uma fila de cadeiras de plástico descoloridas pelo sol na esquina da rua principal à espera dos velhos ao fim da tarde, existe uma escola primária pequena.

Edifício Estado Novo, como tantas, pátio com arvoredo e uma belíssima casa na árvore.
Nesta escola não sei quantos miúdos andarão (calculo que poucos a pensar na tendência actual das zonas rurais e despovoadas, que isto são terras de pouca gente no inverno e muitos visitantes de passagem no Verão e isso certamente não aumenta a natalidade local!). Mas esses poucos brincam num pátio espantoso, com árvores grandes, uma carroça a sério, uma casa na árvore com baloiços, cordas e estruturas de madeira feitas artesanalmente.

Sonhei com uma casa na árvore toda a minha infância.
Nos livros de aventura ingleses todos os miúdos pareciam ter uma, sítio de encontros secretos, acampamentos nocturnos e, acima de tudo, um refúgio só deles onde os adultos não entravam e o mundo se dominava de cima e por isso se transformava num espaço diferente. Como nunca tive uma casa na árvore passei o tempo a subir aos telhados, saltando de casa em casa na terra do meu pai, sentindo o calor das telhas e fazendo equilibrismo sobre os muros de ligação.
De bicicleta descobria caminhos secretos à beira das arribas e os meus pés conheciam todos os carreiros proibidos nas falésias. Agora que tenho um filho penso como podia ter sido perigoso mas na altura era uma forma de conquistar o mundo e a independência, uma forma de consciência que tinha que ver com a percepção e domínio dos limites (o perigo era necessário para esta percepção mas na verdade nunca me coloquei verdadeiramente em risco - o medo impediu-me sempre de o fazer. Era maior o prazer do secreto e da aventura que o da rebeldia inconsciente).



Esta casa na árvore permite certamente que cada intervalo escolar se transforme neste espaço com que eu tanto sonhava. Quem a fez, e na verdade tem ar de ser uma obra coleciva de miúdos, professores e pais, sabia que não há como estes espaços-refúgio onde a aventura se sonha tanto quanto se torna real, para fazerem crianças felizes.
E não é preciso grandes equipamentos, nem chão forrado com superfícios almofadadas, nem degraus de altura constante e homologada para fazer com que a segurança seja uma realidade. A segurança aprende-se, pratica-se, pode andar de mãos dadas com a liberdade e com o risco. É justamento do confronto com o risco que nasce a tomada de consciência que permite fazer disso uma aprendizagem e uma competência para a vida.
Quem nunca subiu a uma árvore, andou por caminhos proibidos e saltou de bicicleta que venha clamar cegamente por regras e legalidades quanto às superfícies que devem cobrir os pátios dos recreios.
A escola do A. tem o chão coberto do pavimento obrigatório nos parques infantis e infantários. Pavimento nórdico, feito para países com pouco sol e que por isso absorve o calor, incha, quebra, enrijece no contacto com este nosso sol abrasador de Europa do Sul. O pátio, já de si pequeno, é assim tão insuportavelmente quente que os miúdos não podem brincar senão de manhãzinha.

Olhando para este pátio da escola primária de Figueira pergunto-me se não deveria prevalecer mais sensatez nestes ditames e louvo a visão de quem entende que a infância é uma época de exploração e de risco (controlado é certo, mas não necessariamente homologado) e admiro o trabalho colectivo colocado na construção desta visão. Aqui crescerão miúdos satisfeitos e desenrascados, com uma relação com os recursos naturais mais sadia e realista. Oxalá saibam continuar a crescer assim.

A propósito do tema da segurança este livro (não é maravilhoso mas toca em questões interessantes).
Um apontamento de Daniel Sampaio sobre o tema da segurança aqui.

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segunda-feira, agosto 09, 2010

ainda


por aqui ainda há quem use carroças como veículo habitual...

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outros bichos





um saltinho ao zoo de lagos (neste caso apenas surgem os bichos da quinta pedagógica mas há muitos mais e vale a pena! Uma curiosidade da quinta é a de que tem bichos considerados domésticos noutras paragens e altamente exóticos para nós o que não deixa de ser interessante: um lama, bois indianos, porcos vietnamitas, galos e galinhas orientais que parecem uma versão galinácia do Rod Stuart|)

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domingo, agosto 08, 2010

algarve de praias pedregosas


algarve de cheiro a mato






De caminhos rurais, mato seco e rasteiro, cheiros intensos e rebanhos à beira da estrada. Aquele a que me habituei desde pequena nos caminhos insuspeitos para praias com figueiras e cigarras a cantar à desgarrada.
Um Algarve que resiste como pode à investida imobiliária, às ordas de turistas, ao fogo e ao inevitável passar do tempo.

terça-feira, agosto 03, 2010

patudos à borda d'água



Os primeiros sapatos que a mãe calçou foram nº 20 e aos 12 anos já calçava o 40.
Como se vê a cria vai pelo bom caminho!

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segunda-feira, agosto 02, 2010

férias ao vento