Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Trippo


Um espectáculo espantoso feito de coisas simples e curiosas e muitas coisas difíceis transformadas em gestos que parecem simples e fáceis. Uma surpresa boa e ums referência a reter esta companhia finlandesa com nome quase português Circo Aereo.

O A. gostou tanto que passámos a tarde a inventar um espectáculo em casa onde acrobacias, malas e música se combinavam de formas menos perfeitas do que as que vimos pela manhã (claro está) mas não menos divertidas e inspiradas. Talvez tenhamos futuro, quem sabe?

Cada vez gosto mais deste novo circo que é teatro, movimento, mimo e acrobacia, contando histórias e brincando com os objectos com uma mestria de encantar.
Tão longe do circo assustador da minha infância que queimava meninas, tinha palhaços sem graça e filmes do Godzila no final!
(sim, eu sei que soa estranho mas é tudo verdade. É história para outro post!)

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terça-feira, fevereiro 22, 2011

música mecânica


Até 27 de Fevereiro o museu da música Casa Verdades de Faria alberga uma curiosa exposição de caixas de música e outros dispositivos de música mecânica (pianolas, realejos, etc.).
É uma exposição bonita porque os objectos só por si são esteticamente apelativos mas ganha sobretudo impacto se se escolher visitá-la às 11h00 ou às 15h00, horário em que, de Terça a Domingo, se tem direito a uma visita guiada com audição de algumas das peças expostas.
Aliás este seria na verdade o tipo de interactividade que se esperaria em qualquer museu da música, já que é impossível tomar contacto com este universo sonoro e melódico sem poder ouvir os instrumentos (habitualmente mudos e quedos dentro das vitrines). Como a regra infelizmente está longe de ser esta, fica aqui a referência a esta exposição em particular por proporcionar que os objectos ganhem novamente a vida e função para a qual foram concebidos e nós, visitantes possamos usufruir verdadeiramente deles sem comprometer a sua conservação nem preservação.

A visita deixa um pouco a desejar a nível pedagógico (sobretudo se pensarmos que se dirige um público familiar bastante numeroso e com crianças bastante pequenas, sobretudo ao Domingo de manhã) mas a possibilidade de ouvir as pequenas e grande máquinas e sistemas de produzir música vale só por si o tempo investido.

(atenção que os instrumentos tocados são diferentes consoante se vai no horário da manhã ou da tarde)

domingo, fevereiro 20, 2011

mãe, o que é o destino?


Confesso que não estava à espera que começassem aos dois anos e meio as perguntas complicadas.

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sexta-feira, fevereiro 18, 2011

paredes que falam


As paredes são habitualmente repositórios de memórias, apontamentos, registos, declarações. É só pensar como as cidades falam de si mesmas a partir dos fragmentos e camadas que vestem e revestem os seus muros.
Nas paredes do quarto do A. voam andorinhas e pássaros multicores, desenhos, pinturas, riscos e colagens de épocas e pessoas diferentes como uma espécie de mapa/catálogo de lugares simultaneamente familiares e desconhecidos. Teias que se fazem e desfazem.
Na ardósia registam-se fases de crescimento, frases, palavras curiosas como esta: a forma criativa que ele encontrou para dizer super maxi quando começou a aprender a comer gelados de pauzinho!
Hoje em dia a ardósia fala de outras coisas, desejos de crescimento e mudança (quando for crescido também posso comer ervinhas?) ou declarações filosóficas (porque a razão é a minha vida?!). E outras se seguirão. Algumas banais outras surpreendentes.
Gostamos muito de paredes faladoras e vivas!

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domingo, fevereiro 06, 2011

tricot marciano!







Este Sábado foi dia de aprender a tricotar a preceito.
Na verdade, tricoto há muitos anos mas a minha aprendizagem foi sempre um bocado a olho, o que aliado a uma patológica incapacidade para seguir instruções, me limitou sempre a técnica (mas felizmente não a criatividade).
O problema é quando descobrimos que o método que usamos não é método nenhum conhecido (é um abastardamento do método continental e mais uns pozinhos dos outros todos) e que por isso mesmo as instruções (já de si difíceis de decifrar) são verdadeiramente impossíveis de sistematizar pois é preciso inventar formas de dar a volta ao que está escrito.
Ser a marciana do grupo tem as suas desvantagens e confesso que nalguns momentos me desmotivou verdadeiramente. Acho que finalmente senti na pele o que é pertencer à ala das necessidades especiais, fingindo que se está numa sala de estudo integrado mas na verdade sempre fora do esquema e com menos ferramentas.
O que vale é que a Rosa lá foi inventando umas formas de darmos a volta à questão (que eu espero sinceramente conseguir relembrar se algum dia me atrever realmente a seguir instruções em tricotês dos livros que comprei) e mal ou bem consegui terminar o receituário que tínhamos como programa.
Agora que, em casa, percebi que consigo ler uma receita de tricot e entendê-la (quase) na íntegra voltou-me o ânimo e a perseverança. Apesar da pouca ergonomia das metodologias inventadas nalgumas das soluções de recurso que foi preciso encontrar para mim no curso, acredito que com bom senso e raciocínio a coisa há-de ir lá. Caramba tanta geração de tricotadeira analfabeta e eu aqui enredada nas siglas, nos movimentos e nas técnicas. Pode lá ser!!!

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sexta-feira, fevereiro 04, 2011

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