Dias mãeores

um blog de mãe para recuperar o tempo perdido em dias sempre mais curtos que o desejado

sexta-feira, dezembro 19, 2008

almofada olhó-rato-à-janela



Receita:
uma fronha de almofada
uma pega de patchwork magistralmente feita pela D. Angelina
um boneco de pano
juntar tudo a gosto et voilá, sai uma almofada nova para o quarto do catraio!

Pois é, ando numa de reaproveitamentos...
e homenagens! (a D. Angelina era uma velhota adorável que era nossa vizinha na Venda Nova quando éramos putos. Noutra vida portanto!)

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6 meses



e dois dentes para o caminho!

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quinta-feira, dezembro 18, 2008

finito



Já está!
Sai uma bela gola aconchegante para a moça do lado!
Não há dúvida de que a preguiça aguça o engenho.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

(...) suspiro (...)



há dias em que só me apetece enchê-lo de mimo!

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laços




A necessidade de refazer elos tem-se tornado mais forte e presente com a maternidade, e isso fez-me rebuscar nas gavetas e arcas as colchas e sacos de retalhos que povoaram a minha história e que agora mostram ao pequeno A. o que outras gerações fazem nascer das mãos e do engenho quando os recursos escasseiam.
Foi assim que a colcha da minha cama de solteira se tornou a manta de brincar e os sacos do pão almofadas coloridas.
Obrigada avó por me teres presenteado com tantos trabalhos saídos do carinho dessas mãos criativas.

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segunda-feira, dezembro 15, 2008

Enquanto o pequeno A. dorme...



Mesmo sabendo que as horas curtas do serão são passadas numa luta contra o sono resolvi retomar a malha e o movimento ritmado das agulhas. Ainda não sei exactamente o que virá a ser esta mistura de verde com cinza que começou por ser um projecto de cachecol e agora se anda a transformar numa proposta mal-amanhada de gola.
Seja qual for o destino destes pontos entrelaçados, um dos objectivos cumpre-se todos os dias: o prazer ancestral de ver crescer das mãos o agasalho do corpo, o momento de pausa meditativa que estica mesmo os dias mais pequenos e aconchega as noites mais longas.

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sexta-feira, dezembro 12, 2008

quentes e boas



Dantes, as páginas amarelas envolviam com graça as dúzias de castanhas cheirosas que desde sempre povoam o Outono lisboeta.
Em cones amarelos, os oliveiras, silvas, martins e aleixos, aqueciam-se simultaneamente nas castanhas quentinhas e nas mãos dos compradores ávidos de sabores tão apetecíveis.
Agora os cartuxos mudaram de forma e as páginas amarelas são apenas uma referência histórica.
Ganhou-se uma bolsa extra para as cascas mas perdeu-se um exemplo real e feliz de verdadeira reutilização.

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quarta-feira, dezembro 10, 2008

num ápice


a primeira sopa

Até há 4 dias o meio dia era assim: uma colher e uma chucha bem sincronizadas e muitas cantigas para conseguir que o A. comesse a sopa toda (e a fruta, só bem escondidinha por baixo da sopinha de cenoura).

De repente fez-se mais crescido, começou a abrir a boca de mote próprio, uma e outra vez, com a colher a ir e vir a um ritmo desenfreado, ávido e atento ao movimento da mão que o alimenta e das malgas que lhe acolhem o caldo.

E num ápice, lá se foi a sopa e a fruta, entre sorrisos e boa disposição, tão rapidamente que dir-se-ia terem-me trocado a criança durante o escurinho da noite.

Será possível? Crescem tão depressa...

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terça-feira, dezembro 09, 2008

outono


Pequenos passeios pelo bairro a reparar em coisas insignificantes.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

às curvas



Monte do Carmo, Azaruja

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quinta-feira, dezembro 04, 2008

às riscas


fluviário de Mora

Mora




No concelho de Mora, mais propriamente no parque ecológico do Gameiro em Cabeção, o Fluviário permite seguir o curso de um rio ibérico da nascente à foz.
A estrutura arquitectónica é bonita, o parque envolvente também (com parque de merendas para dias de melhor clima) e a estrutura expositiva muito interessante e apelativa.
É um exclente passeio com miúdos (ou sem eles!).

Há muitos anos, quase noutra vida, dei aulas em Mora.
Nessa altura os pontos altos eram o bar Alcaria onde todos os professores deslocados como eu (70% do corpo docente da escola local) passavam os serões a falar da vida e outras desgraças, e a senhora dos bolos, uma verdadeira instituição morense que fazia os melhores bolos tradicionais (queijinhos de amêndoa e doce de ovos, queijadas alentejanas, folhados de amêndoa ou noz) do universo.
Por essa altura eu morava numa casinha branca, numa rua cheia de laranjeiras que iniciava mesmo em frente ao quintal fumegante da senhora dos bolos.
Às quartas era dia de folhados de amêndoa e noz e toda a rua se enchia de um um cheirinho de fazer crescer água na boca. Era o dia dos pecadilhos, claro está, e eu saía da escola a sonhar com o sabor e com o calor quentinho e agradávelmente cheiroso da casa dos bolos (uma casa normal, forrada de azulejos feios e castanhos, onde dificilmente se adivinhava a alquimia que lhe ia paredes dentro).
Hoje em dia parece que a senhora já não faz bolos e a meu ver Mora perdeu uma das suas maiores instituições culturais.
Ficou-lhe o peixanário, já não é mau.

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segunda-feira, dezembro 01, 2008

Alentejo



3 dias de frio intenso entre o sol e a chuva, naquela luz extraordinária que só as nuvens tempestuosas conseguem filtrar

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