aproveitar os restos

antes de ir ao forno

Courgettes recheadas com arroz oriental

Para aproveitar o risotto do jantar de ontem decidimos saltear pinhões, passas, alperces secos em tirinhas e o miolo de 3 cougettes, com azeite, sal, alho e noz moscada. Depois desta mistura ganhar sabor e ficar com uma textura húmida e dourada, juntámos tudo ao arroz que tinha sobrado e recheámos as 3 bonitas courgetes (já esvaziadas do seu miolo e previamente colocadas no forno com um fiozinho de azeite para amolecerem ligeiramente). De seguida foi só levar tudo junto ao forno com uma tira de queijo flamengo por cima e esperar que cozesse e dourasse como devia. O resultado foi este, um prato bonito e ligeiramente requintado, saboroso e facílimo de fazer.

(não mencionei tempos porque faço tudo a olho mas o forno esteve sempre a cerca de 180º a 200º, o tabuleiro esteve mais perto da resistência do fundo que da de cima para cozer melhor a courgette, e o tempo de cozedura deve ter sido uma hora e pico. Desculpem a falta de precisão!)

celebrar a poesia

(uma foto do tempo em que a poesia e a escrita criativa viviam no meu frigorífico em palavras soltas, sempre à espera de novas mãos que compusessem ideias novas!)


"Há palavras que fazem bater mais depressa o coração (...)
Cada palavra é um pedaço do universo. Um pedaço que faz falta ao universo.
Todas as palavras juntas formam o Universo."

José de Almada Negreiros, “A História das Palavras

primavera na tapada

(obrigada Bé por esta olaia tão bonita)

vale

A não perder dias 25, 26 e 27 de Março no teatro Trindade!

mais detalhes sobre o projecto aqui

ver vídeo aqui

(e eu tão triste por a vida me ter trocado as voltas e já não poder participar)

et voilà!

eu sei que é estranho celebrar a entrada da Primavera com um cachecol mas enfim, deverá haver coisas piores! (também ninguém adivinhava que iam estar 25º)

é a tua prenda S.! (espero que gostes!)

tic, tic, tic

as agulhas andam novamente num virote!

tão cedo?!!!

A: mãe?!!! (gritando da sala)

Eu: sim filhote? o que te aconteceu?

A: perdi-me na vida!

quem não tem cão...

A bem dizer queríamos esta mas como não temos espaço inventámos esta cozinha e a verdade é que para ele quase não faz diferença porque o importante era poder cozinhar como os crescidos cá de casa.

Eu, confesso, fiquei bem orgulhosa da engenhosa invenção!

(há dias inspirados!)

ingredientes:

um banco maior

um banco mais pequeno

uma fotocópia de uma placa de fogão

utensílios de cozinha de criança

frutas e legumes de brincar

panos da loiça e luvas/pegas (uma das luvas fui eu que fiz!!!)

Domingo à tarde com cheiro a canela

E depois de muitas indecisões acabaram por ganhar as bolachinhas de manteiga e canela (verdade seja dita que foi o J. quem fez a massa, ou seja, a preguiça ainda fez das suas!).

Um regalo de cheirinho e sabor!

Uma boa receita para preguiçosos:

bolachas de canela e manteiga

100gr manteiga

125gr acúcar

250gr farinha

1 ovo

uma colher de chá de canela

amassar tudo com as mãos e estender com o rolo da massa.

Cortar com forminhas variadas e colocar sobre tabuleiro untado.

Cozer em lume brando (c. 150º) cerca de 10 min. ou até ficarem dourados

suspiro

Uma das coisas que imaginei sempre quando pensava em ser mãe, era que passaria a fazer com mais frequência bolinhos, biscoitos, lanches inspiradores e pratos que deixassem água na boca e a casa a cheirar a aconchego convidativo.

Na verdade ainda gosto de pensar nisso e apanho-me muitas vezes a fazer planos para um lanche especial de Domingo.

No entanto entre a fantasia e a realidade o que me aconteceu foi um crescente pragmatismo que me faz adiar sine die todos os planos de lanches cheirosos (e mais trabalhosos) e me faz continuar a cozinhar bem (nisso não considero ter perdido qualidades) mas de forma bastante prosaica e prática (ainda que igualmente cheirosa).

É preciso dizer que ter um miúdo que não come particularmente bem e que um dia adora uma coisa e no outro dia nem a quer ver também ajuda ao pragmatismo.

Por esse motivo confesso que leio com uma inveja mal disfarçada alguns destes blogues meio artísticos meio maternais, destas tantas mães modernas, criativas e jovens, a quem parece sobrar sempre tempo e energia (e arte!) para uma tarte de limão merengada ou um cheesecake com frutos do bosque, entre projectos criativos, artesanato urbano ou coisa do estilo, ainda que tenham duas ou três crianças e várias outras actividades dentro e fora de casa, muitas das vezes sem sequer terem as crianças na escola!

E para cúmulo descubro hoje um blogue curioso de uma miúda de 15 anos que conjuga os afazeres normais de uma adolescente em fase de estudos com a confecção de doces culinários de qualidade surpreendente. Vale a pena espreitar pois as receitas parecem verdadeiramente tentadoras!

E no meio disto tudo estou uma vez mais a debater-me com a vontade e não-vontade de me pôr a fazer bolachinhas de canela para celebrar o fim do Domingo e a sesta dos homens cá de casa (sim, o pai também dorme!).

(para me sentir melhor da preguicite posso sempre alegar o facto de já ter 40 anos e querer manter a linha o que não é particularmente original ou interessante mas não deixa de ser bastante legítimo! Sim porque o mais irritante é que estas mães modernas e talentosas ainda por cima são sempre super magras!)

lego filosófico

à mesa do jantar enquanto construíamos uma grande ponte em lego duplo o A. sai-se com esta:

Somos os construtores das nossas vidas!....

(e nós contentes e assustados, a pensar como vamos dar a volta a esta criatura quando chegar aos 5 anos e tiver o dobro da idade que tem hoje e provavelmente ainda mais frases profundas para proferir!)

domingo debaixo de água

de viagem por aí

Raramente tenho feito tricot para gente crescida uma vez que o A. monopoliza quase todos os trabalhos,mas recentemente resolvi começar a fazer gorrinhos para adultos e um deles, o mais afoito, anda de viagem por Veneza e mandou-me este postal.

Sortudo!